segunda-feira, 28 de abril de 2008

Amor Inflamável


Com esse amor obcecado, você pode ficar...
essa aliança em meu dedo, vou empenhar.
Você não pode aparecer, nem me telefonar,
com você, nem mais 1 minuto vou desperdiçar.
O livro do Quintana, você vai devolver,
de você rapidamente eu vou esquecer...
e das coisas que você fez e não fez, irá se arrepender.
De repente a gente percebe o quanto perdeu,
do quanto a vida era mal vivida,
e a cama mal aquecida.
Sei que você ainda vai querer voltar,
pedindo um pouco de atenção, de afago...
fingindo ter achado solução pra todo o estrago.
Sei também que no desespero você vai me culpar,
dizer que não dorme mais, que a dor não passa,
mas não adianta, eu não vou voltar atrás...
seja o que for que você diga ou faça.
Um dia você vai ler isso que escrevi por você,
e um enorme prazer irá me dar,
o prazer de saber que essas rimas pobres te fizeram chorar.

sábado, 12 de abril de 2008

Ser ou Não Ser?


Somos força e coragem, contra força e covardia.
Somos o que desejamos viver um dia.
Somos sonhos de luz em busca de paz, contra ambição em busca de mais.
Somos o desejo pela verdade contra a mentira real que está ao redor.
Somos a fuga da solidão e a "inocência" de acharmos que estamos sós.
Somos o que podemos ser.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Atualidade



"Filhos da Morte Burra"

Jovens sem nenhuma utopia caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas,
sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa;
fechados nas sexuais telas da impotência,
se masturbam contemplando corpos em decomposição.
Norte de minha Fé,
onde estavam o beija-flor e o arco-íris na hora do nascimento dessas criaturas?
Quantos raios de flor restam nos corredores dos céus de vossas bocas?
Quais nascentes clamam por seus nomes?

Eu entrando na virtuosa idade e eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra cheiram o branco pó da anemia, esqueceram que um dia tocaram na poesia da transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães;
esqueceram de colar o ouvido ao chão para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra,
jamais levantam uma folha para conhecerem o labor dos insetos;
jamais erguem uma taça ao luar brindando a vigorosa lua.
Os filhos da morte burra desconhecem ou nunca ouviram falar em iluminação;
abrem a boca apenas para "vomitar".

EDU PLANCHÊZ