segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Pensamentos Noturnos

Consigo perceber tudo
desde seu modo de andar até o motivo de estar com esse vestido
e vou te acalmar
com palavras sem sentido que só você compreenderá.
Das chuvas que molharam seu corpo
nenhuma conseguiu invadir sua alma
das dores que lhe tiraram o sono
nenhuma teve chance de cicatrizar
então fica aqui comigo
e não deixe a noite acabar...
não deixe a noite acabar.
Essas lembranças vão pra sempre ser presentes
e nesse caso, o pra sempre nunca acaba.

Não consegui evitar meus deslizes
não pude esconder minhas cicatrizes
a culpa me assombra, ata-me as mãos e venda-me os olhos,
trazendo lembranças que tinha esquecido
e dores que pareciam ter partido.
Ouvir conselhos não faz muito efeito em mim
mas tenho pouco tempo e sinto que vou terminar sozinho se continuar me sentindo assim.
Mas devo lembrar-me que depois que a plantação ardeu em chamas,
as sementes renasceram outra vez.
Portanto, nada como um sorriso comum e paranóico,
para não perceber a velocidade terrível da queda.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Letargia



Estou sozinho. Você está sozinho.
Estamos todos sozinhos, juntos numa solidão coletiva.
Sempre foi assim, nascemos, vivemos e morremos sozinhos, mesmo quando uma multidão te cerca.
A quebra do silêncio que só você escuta.
A quebra do silêncio que só, você escuta.
Mal nenhum apaga aquele sentimento sem nome que me invade quando estou daquele jeito mas não tente me entender, porque nenhum herói ou vilão sabe o que faz.
Crianças brincam com fragmentos da vida enquanto idosos relembram e reclamam da vida, como se isso fosse um mantra.
De alguma forma, todos amores são brutos e toda vida é solitária.