quarta-feira, 2 de abril de 2008

Atualidade



"Filhos da Morte Burra"

Jovens sem nenhuma utopia caminham tensos pelas ruas de suas casas velhas,
sem nenhuma luz, sem nenhuma luz de Fernando Pessoa;
fechados nas sexuais telas da impotência,
se masturbam contemplando corpos em decomposição.
Norte de minha Fé,
onde estavam o beija-flor e o arco-íris na hora do nascimento dessas criaturas?
Quantos raios de flor restam nos corredores dos céus de vossas bocas?
Quais nascentes clamam por seus nomes?

Eu entrando na virtuosa idade e eles entrando em idade nenhuma.
Os filhos da morte burra cheiram o branco pó da anemia, esqueceram que um dia tocaram na poesia da transgressão em pleno ventre de suas esquecidas mães;
esqueceram de colar o ouvido ao chão para ouvir as ternas batidas do coração das borboletas.
Os filhos da morte burra,
jamais levantam uma folha para conhecerem o labor dos insetos;
jamais erguem uma taça ao luar brindando a vigorosa lua.
Os filhos da morte burra desconhecem ou nunca ouviram falar em iluminação;
abrem a boca apenas para "vomitar".

EDU PLANCHÊZ

3 comentários:

Aline Dias disse...

menino!
quanta amargura.

ficou bom o textro, ritmo legal e tudo o mais.

lembrei de algusto dos anjos.
no mais, acredite no mundo e entre nos meus blogs.

www.alinedias.blogspot.com
www.msbatataquente.blogspot.com

Lica disse...

Gostei do texto , espero q vc não seja um destes jovens pq se for vc sabe o q esta fazendo as vezes acho que tem gente q não sabe onde esta e pq esta encarnado nesta...
Drogas e tristeza da vida é muito triste n~çao achar graça em nada , mas sao tantas coisas ruins q podem ter marcado isso...

aff
bjokas
http://deslica.blogspot.com/

Rodrigo disse...

gostei do texto