quinta-feira, 30 de novembro de 2006

Verdades e Mentiras


Que brilho descartável existe no olhar de quem nunca se apaixonou
Que pele mais sem graça a de quem não sente tesão
Que sofrimento mais fingído esse de quem não arrisca na vida
Que certeza breve é essa de quem não saboreia a ilusão.

Uma tragédia aconteceu
quem me amou morreu
o amor que era seu
pelo triste fim agora é só meu.
Que inúteis as verdades
se não existem possibilidades
pois achava que o amor acabou
mas outra vez a dor enganou
tirando a cor de onde estou.
A pureza desse olhar que insiste em me mostrar
paixão forte assim não vai acabar
continuando a me contrariar
pois onde quer que eu vá
é lá onde vc está.
Dessa história eu já vi o fim
de quem é egoísta assim
então abre meus olhos pra mim.


Foi só pra matar o tédio...
como se fosse um remédio
Era pra ferir só um pouco
como se acreditasse nas verdades de um louco
Só queria botar medo
fica tranquila que ainda é cedo
Não pretendia causar todo esse alarde
quando disse que já é tarde
nem quis dizer que vai acabar agora
ainda vai demorar pra eu ir embora
Não terá despedida
esqueçe isso e viva sua vida
Foi só pra matar o tédio...

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Labirintos da Mente

Sua ausência me causa enorme dano
teu sussuro me conforta e outra vez eu me engano.
No fim acho que encontro o suposto destino
por mais que eu me perca no caminho
por mais que eu me sinta sozinho.
Fica aquele silêncio chato, e a batida do coração que acelera quando os olhares se cruzam
as intenções da noite interior que exalam da cama
o sorriso no rosto e o brilho no olhar
do coração de quem se ama.
A noite que cai lenta
a alma que pede por companhia
no meu rosto toca o vento, e eu me ausento do momento
na boca a solidão de um cigarro quase acabado
por dentro um grito abafado.
Todas essas pessoas que fingem ser alguém
mas por dentro se sentem ninguém...
sorte é abandonar toda essa complexidade
e aproveitar toda a liberdade que nos foi dada.
Eu fiz...tudo que pude fazer
e se houve alguma razão, a razão era vc.


..."vida louca, vida imensa, ninguém vai nos perdoar, nosso crime não compensa"...

terça-feira, 14 de novembro de 2006

Outra Noite Que Se Vai


Era uma noite calma, nós na rede
o calor que emana no corpo, os beijos que matam a sede.
De vc não sei quase nada
apenas me distraio na cor dos teus olhos e na imensidão da madrugada.
Quem fala as frases sou eu, mas a verdade é sua
observando essa realidade alterada
nua e crua...tão perversa e sossegadora.
A paixão que alegrava torna-se pura ilusão
eu tão ingênuo, achando que tinha o mundo nas mãos
só enxergo agora o tempo perdido
e sinto o fogo que arde como num coração de bandido.
Os minutos vão passando como vultos
e fecho sua ferida com um pano
e sussuro no seu ouvido palavras bonitas
acompanhadas pela melodia do piano
o amor é um nó
atado pelos dedos da alma, inventado pela mística.
Volto a deitar sozinho no quarto
como um quarto de hotel beira-mar
imaginando estrelas no teto
até quem não presta precisa de afeto
sentindo o peso da lágrima.
A dor estampada no olhar de quem vive calado
de quem sente a falta do abraço, do beijo demorado.
Sou um homem fechado
e esse desabafo é um vício triste...
da minha rima pobre, de meu amor egoísta
me abro pro mundo e não desisto
quem sabe amanhã apareça outro amor imprevisto.
Silêncio não é caminho, caminho é oq a consciência mostra quando estamos sozinhos.
Lembrando a doçura do não...de vc dizendo não viver sem mim.
Adoro a pressa, quando reparo na sua pressa em vir me amar.
Amanhã eu te levo café na cama
vc finge que não esperava...
Ame tbm a quem não te ama.



..."preste atenção, o mundo é um moinho, vai triturar teus sonhos tão mesquinhos, vai reduzir as ilusões a pó"...